o espectáculo da febre
era um céu aberto
dentro de uma laranja
os olhos esticados como dedos
despedaçavam o vento
no teu rosto, quieto
fervendo até se abrir na boca
a foz de um pensamento
onde o precipício – livre
mastigava lentamente os
homens
que caíam sem causa
pelo dilúvio
de uma qualquer deusa
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